sexta-feira, outubro 31, 2003

Benvindo Fonseca Amigo

O Fonseca apareceu porque o Botequilha se foi.
O Fonseca já tinha trabalhado comigo, na escrita de uma série de televisão chamada "Sociedade Anónima" primordialmente elaborada e escrita por ele e pelo Cardoso Martins.
Conhecia as suas qualidades e achei, após devidamente aconselhado pelo Artur Silva, que ele seria uma peça importante na continuidade (esta palavra está a picar-me o cérebro desde esta manhã, por causa das eleições no glorioso Benfica, que têm hoje lugar aqui por baixo da minha janela) do projecto.
Mudar o alinhamento da ideia inicial foi o trabalho que me foi destinado.
Criar um novo conceito, também!
Depois foi só explicar ao Fonseca, o que pretendia, recontactar o Vaz e deitar mãos à obra.
E a obra aí está! Embora, ainda, incompleta, aí está para ser apresentada.
Graças ao aprepenquamento do Fonseca, ao acompanhamento do Vaz e à minha anuência, o novo guião está quase pronto.
A história matriz, mantém-se naturalmente, senão tinha o Eça e o Ramalho à perna; e já agora o ICAM.
Em breve começarei a debitar neste blog extratos do novo guião para que possa ser comparado com o velho.
Quem acompanha esta odisseia sabe que já desvendei alguns dos segredos. Há bem pouco tempo informei os leitores deste blog (tendo sido o presidente o primeiro a saber - sai vénia) que a principal mudança, tinha sido operada no discurso dramático e na narrativa, abandonando a colagem ao grande discurso (tão bem estudado pelos estruturalistas) e experimentando uma sucessão de pequenos discursos alternativos, mas mantendo a lógica dramática aristotélica, isto é: tranquilizem-se!
A história vai ter início, meio e fim e vai ter conflito, ou seja; vai ser devidamente dramatizada, não tivesse ela sido aprepenquada pelo Fonseca.
O novo guião vem aí
em breve neste blog perto de si

terça-feira, outubro 28, 2003

Aqui estamos nós!
O Vaz ficou, o Fonseca entrou,e eu; fui o primeiro a chegar.


Quem, tal como eu (porque sou, naturalmente, quem escreve e consequentemente sou obrigado a ler), tem lido e acompanhado este blog, acha que é chegado o momento de desvendar o novo guião.
Acha e acha bem! Porque é isso mesmo que vou fazer nos próximos episódios.
Por agora vou apenas desvendar o nome do novo parceiro.
Reconheço que a inflação de trocas e de aquisição de novos parceiros, leva os leitores deste blog a experimentarem uma proximidade, libida para uns e mórbida para outros, com a vida excitante da Elsa Raposo.
A verdade é que, como apenas afiro este raciocínio pelas leituras de artigos de revistas que abordam a vida difícil, estoicista e militante da senhora, o resultado acabou por ser o de, involuntariamente, criar mais um mistério.
Primeiro o da Estrada (mas esse já tinha sido criado pelo Eça e pelo Ramalho).
Segundo o do nº de bilhete de identidade do senhor presidente (escrevo ao mesmo tempo que produzo uma vénia solicita e venerante) que me honra, amiúde, com os seus contactos, resultado da sua incompreensão, para com o primeiro mistério.
E agora, para tornar tudo isto ainda mais misteriorso; o mistério da multiplicação dos parceiros.
Na mesma linha de raciocínio de quando mija um português mijam logo dois ou três, o último a chegar é maricas, e ainda, os últimos são os primeiros, vou desvendar, justamente aquilo porque todos esperavam:
Senhores e senhoras, meninos e meninas (anunciar estes últimos, actualmente, faz-nos correr riscos inusitados) apresento-vos:
O ÚLTIMO MISTÉRIO
ou
Quando o último mistério virou o último parceiro.

"Ò Fonseca como é que aprepenquaste um lugar no novo guião?"
em breve neste blog perto de si.

domingo, outubro 26, 2003

Porque hoje é domingo2

Domingo é dia de comentários.
Infelizmente cada vez são menos.
Espero reactivar este processo.
Eventualmente escrevendo eu os comentários quando mais ninguém escrever ao coronel.
Esta semana seguem os comentários:
De alguém, que considero inquieta, inquietante e interessada (e que me interessa como comentadora) e que, como sempre oportuna, me alertou para a problemática que abre o nosso domingo, através dos seguintes reparos:

"Sinto-me a única leitora do blog que não sabe o nº do BI do Senhor Presidente... pois não sei quem é... se mo puder disser, fico agradecida, se não, passo a dar-lhe uma identidade nova todos os dias.
Por outro lado, pergunto: porque não colocar a acção nos dias de hoje, já que e passo a citar: "O Mistério da Estrada de Sintra é uma história que, sob a capa de um romance policial, esconde uma poderosa crítica de costumes e uma análise acutilante da alta sociedade dos finais do século XIX"... ora bem, era só adiantar dois séculozitos e estava feito!
Por outro lado ainda, não percebi taambém... eu sou muito lentinha... se já tem maneira de fazer o filme e por isso está condicionado; se sabe quais serão os condicionantes e por isso tem que se enquadrar numa certa moldura; ou se existem outras possibilidades que me há-de fazer o favor de dizer, se não for nenhuma destas..."

E agora os comentários, sempre preciosos, de um bom amigo (que por sinal já me aturou algumas birras do foro profissional), muito habituado às coisas do lápis e que sabe bem o que significa fazer um filme de época (até porque fez vários ou seja ; muitos, mas mesmo muitos)
Dispensemos algumas partes introdutórias que considero oportunas mas pessoais e aqui vai disto:

"...E AGORA PENSA NISTO-ocrimedaestradadohuambo-AINDA DEVE HAVER LUGAR NO
AIRBUS A34O-3OO QUE VAI ATÉ LUANDA LEVAR MISSANGAS,VIDRINHOS,RESTOS DE TAPEÇARIAS DE FLANDRES,FIGOS SECOS,PEDAÇOS DE PAPEIS RASGADOS APANHADOS DO LIXO DA
DIAP,BENTINHOS,PROMESSAS,PROMISSORIAS,PATOS BRAVOS,IMGENS DOS
PASTORINHOS, DEVE HAVER LUGAR DIZIA EU PARA AQUELE QUE FEZ FILME DE "GUERRA"PRETO E BRANCO A CORES,O OLIVEIRA,JOSÉ CARLOS.E PRONTO COMO TAMBÉM DEVE IR O ROSETA E SE NÃO FOR TAMBEM NÃO FAZ MAL,O ZÉ QUE TAMBÉM É OLIVEIRA MAS ORFÃO DE PAULO BRANCO(não confundir com pai branco)RAPIDAMENTE IMPINGE UMA "DECOUPGE"(M.Oliveira dixit) NO FUTUNGO DE BELAS AO ACESSOR CULTURAL DA PRESIDENCIA.
DENTRO DE SEIS MESES O FILME ESTARÁ SER RODADO ALGURES EM ANGOLA E NA MATA DE BENFICA COM SUBSIDIO DO ICAM EQUIPAMENTO DA " CINEMATE ". COMO ESTAGIARIOS/AS, MOÇADA DE ANGOLA. MAIS ANO E MEIO DOIS ANOS ESTREIA NO S.JORGE( já houve remodelação no nosso governo ) COM SANTANA LOPES,PAULO PORTAS,NELINHA FERREIRA
> LEITE ( ministra da cultura ) AO LADO DO OLIVEIRA,MANOOEL( presidente do icam) E DO OLIVEIRA,ZÉ CARLOS(realizador,grupista, acessouriste,director de fotografia,visagiste,figurinista,contabilista,catering,editor
coreografo tecnico de efeitos especiais e claro autor super- visor de todo o argumento)RECEBENDO O PRESIDENTE DA RÉPUBLICA POPULAR DE ANGOLA DR. JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS,QUE DISTRIBUIRÁ COMENDAS E ENCOMENDAS PELOS PRESENTES.
O FILME IRÁ ATÉ CANNES E VENEZA MAS O EXITO SERÁ, CLARO, NA
FIGUEIRA DA FOZ . OBVIO . . ."

Como diria o, para alguns "saudoso", Américo Tomás só tenho dois adjectivos para comentar o que aqui foi apresentado: "gostei e amen".

brevemente neste blog perto de si - "Temos filme ai não que não temos"

quarta-feira, outubro 22, 2003

Antes e depois do novo guião2

Responder ao meu presidente, deixou-me mais aliviado.
Apesar de tudo, nem todos os cineastas se podem gabar de serem proprietários de uma dívida de obediência a um presidente, amigo, que vive na Suíça e que através das explicações permite que em praticamente duas linhas, se resuma aquilo que aqui foi escrito, em duas semanas.
Aqueles que acabaram de visitar o meu blog, pela primeira vez, deveriam agradecer ao meu presidente, esta faculdade.
Vou, então, passar ao que interessa.
E o que interessa é exactamente as diferenças entre os guiões.
O primeiro, o velho, caraterizava-se por ser mais institucional, mais clássico, apoiado nos grandes discursos estruturalistas. Não estava mal, como poderão ver pela sinopse que o acompanhava (livram-se, assim, de ler o guião todo)
Ora vejam a sinose:

O MISTÉRIO DA ESTRADA DE SINTRA

SINOPSE


O Mistério da Estrada de Sintra é uma história que, sob a capa de um romance policial, esconde uma poderosa crítica de costumes e uma análise acutilante da alta sociedade dos finais do século XIX.
Um cadáver incómodo despoleta a intriga principal desta história, atraindo todos os protagonistas a uma sinistra casa em Sintra, a partir de onde a trama se desenrola. Quando o aristocrata Ferrão e o médico Sidónio são raptados na Estrada de Sintra, estavam longe de imaginar que o sarilho em que se iriam ver metidos envolve, afinal, gente das suas relações e personalidades intocáveis na sociedade de Lisboa. Estamos em 1890 nos dias que se seguiram à entrega do Ultimato da Coroa Inglesa a Portugal, numa clara manifestação de ingerência na soberania nacional. O povo de Lisboa anda na rua, atira pedras às residências oficiais do governo e vive-se um ambiente de exacerbação nacionalista que não distingue classes sociais, tendo como alvo um único inimigo: O Inglês.
Neste clima de grande tensão, o cadáver do Capitão Rytmel, o mensageiro que transportou o Ultimato para Lisboa, torna-se num fardo demasiado pesado. Vítima de um caso de romance e enganos, Rytmel foi morto pela sua amante, a jovem Condessa de Valada, num acto de desespero irreflectido. Perante o cenário de convulsão que está instalado e a preponderância social dos envolvidos, encobre-se o crime e enterra-se o morto quanto antes. Vasco, o primo que nutre pela Condessa um amor não correspondido, toma a iniciativa de apagar todos as pistas que conduzam à descoberta do sucedido e arrasta, para este processo, Sidónio e Ferrão.
Enquanto a história progride dentro da casa, Vasco e a Condessa recuam mentalmente no tempo até ao dia em que conheceram Rytmel, a bordo de um navio com destino a Malta. Desprezada pelo marido, unicamente preocupado com o exercício da diplomacia lustrosa, a Condessa cai na rede que Rytmel, o aventureiro romântico lhe estende com promessas de paixão. Um amor clandestino floresce à vista de todos: o marido da Condessa, Carmen, uma ciumenta ex-amante do Capitão, o marido desta e o primo Vasco.
Depois de correr todos os riscos inerentes a um caso de amor adúltero, a Condessa é abandonada por Rytmel, sem explicações prévias e com uma doença resultante desse caso que lhe provocará a decadência física e mental: a sífilis.
De regresso a Lisboa, dois meses depois, estamos perante o cadáver de Rytmel e ninguém está interessado em que, da pretensiosa alta sociedade transpire o mais leve indício da vulgaridade mundana de um homicídio passional, que acresce à polémica diplomática que o Ultimato provocou. A única coisa a fazer é enterrar o cadáver, encerrar o caso e fazer o que estes personagens fazem de melhor: salvar a face, mantendo as aparências.
fim da sinopse.

Pode assim , verificar-se que a história do velho guião estava demasiado de acordo com a velha história do Eça e do Ramalho, isto é; literariamente velha (no bom sentido, claro!).
Corria o risco de estar a caminhar para um relatório pictórico do livro, que era porventura o que tinha entusiasmado o júri do ICAM, que na maior parte das vezes é constituído por elementos que não destinguem uma câmara de filmar de um forno de micro-ondas.
Isso fez-me pensar.
Voltei a pensar.
Pensei...Pensei...Pensei...e...
"Talvez amanhã" neste blog perto de si

terça-feira, outubro 21, 2003

Antes e depois do novo guião

Antes de mais, e apesar de não ser domingo, tenho de abrir uma excepção, porque o presidente contactou-me telefonicamente.
Assim, a meio da semana, sou constrangido a publicar e a comentar um reparo que me chegou do presidente.
É verdade o senhor presidente, lá de longe, da terra dos chocolates e dos relógios de cuco, prestigia este blog através do seu olhar atento e exige uma explicação.
O presidente de todos os Coyotes (somos só quatro, mas a verdade é que somos bons) pediu um esclarecimento.
Como cidadão de Coyotegolfeville, não posso deixar de satisfazer esta solicitação do senhor presidente, dirigindo-me a ele com todo o respeito.

Senhor Presidente
Serve o presente para clarificar alguns pontos nebulosos do meu blog.
Queira Vª Exª saber que se trata de um diário sobre a montagem artistica e financeira (coisa que Vª Exª conhece melhor que ninguém) de um filme que terá por título genérico "O Mistério da Estrada de Sintra" e que será rodado em Setembro de 2004 com estreia prevista em 2005. A obra cinematográfica, é baseada no conteúdo do livro com o mesmo nome de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão.
O tal Vaz e o tal Botequilha são parceiros e autores dum primeiro guião, desejado pelo júri do ICAM (O Instituto que financia o cinema, o audivisual e a multimédia), que nunca será filmado, por decisão minha.
Neste momento, este blogd¡ário (diárioemformadeblog) tem tratado de flash backs (aquilo que se passou antes de aqui chegar). A partir de agora estaremos on-line ou seja; trataremos da actualidade, expondo os problemas e as contradições que tal empreendimento transporta.
Ciente, de que Vª Exª tem mais que fazer e que pensar, e ainda convencido de que estas explicações satisfazem a impercepção básica de Vª Exª, subscrevo-me com respeito.
Um coyote venerante, um cidadão ás suas ordens.
assina
O Paixão (3º membro da parceria, que Vª Exª refutava desconhecer)

Por hoje é tudo.
Responder a um presidente é muito complicado, mas em compensação, resulta numa maneira airosa de resumir o conteúdo deste blog.
Em breve cumprirei o prometido.
Darei a conhecer as diferenças (são muito mais que as tradicionais sete do Diário Popular) entre o velho e o novo guião.
Não perca as novidades neste blog perto de si.

segunda-feira, outubro 20, 2003

O VELHO GUIÃO OU O NOVO GUIÃO EIS A QUESTÃO

Não faz sentido falar de um "velho" guião que foi escrito apenas há 3 anos, sem mostrar o seu conteúdo.
Como um guião com três anos não é velho e como seria fastidioso mostrar 126 páginas de algo que consideramos velho; o melhor é falar primeiro da história do velho guião e procurar uma forma de o dar a conhecer sem que o tenham de ler integralmente..
Vou pensar nisso!
Amanhã, penso ter uma solução.
Entretanto vamos à história do velho guião.
Foi escrito pelo Vaz e pelo Botequilha sob a minha supervisão soft, após umas reuniões exaustivas em minha casa e não só, em que não sobrou whisky. Até porque também não havia muito para beber.
Essas reuniões serviram para confirmar que tipo de Mistério tinhamos em mão.
Fora o Eça, fora o Ramalho e vivam o Vaz e o Botequilha e já agora o Paixão porque primeiro que tudo saiu o nosso argumento e só depois o velho guião.
Quando foi submetido aos dois júris do ICAM, já estava tão velho, que não o conseguiamos ensinar a sentar. Quem é que quer filmar um guião deitado? Ninguém!
Daí que para filmar decidimos, guardar o argumento e escrever um novo guião.
O problema é que o Botequilha, por razões pessoais, borregou.
Fiquei sem parcedria para escrever o novo guião.
Filma-se o velho?
Isso é que era bom! É velho...
Então como é que vai ser.
Conheça o Antes e Depois do Novo Guião, neste blog perto de si

domingo, outubro 19, 2003

É DOMINGO

É dia de publicação de comentários.
Exponho aqui aqueles que podem ser considerados de interesse nacional.
Entã aqui vai:

De alguém que sabe do que fala e que também escreve:

"Não tenho culpa, também gosto de blogs... dão-me é cabo das costas... isto de ficar a ler páginas e páginas esticado em cima de um ecrã...
Não sei se percebi bem o conceito do "Mistério", mas acho que é uma daquelas coisas criadas para fazer história, para que daqui a uns anos se fale nisto com triunfo e com saudade...
...que para fazer história eu estou sempre pronto, ainda não li o "Mistério" do
Eça mas vou agora mesmo comprá-lo. Que a mim ninguém me lixa!"


De alguém, um bom amigo, que sabe o que faz:

"O MISTÉRIO NÃO ESTÁ NA ESTRADA DE SINTRA.ESTÁ EM TODAS AS VIAS
DESTE PAÍS.
É TUDO UM VER SE TE HAVIAS . . .
"UMA CHOLDRA"ESCREVIA ELE,O EÇA,O DE QUEIROZ.
O TIO CAMILO NÃO LHE FICAVA ATRAZ NA CARICATURA,EMBORA MENOS
MUNDANO.NASCIDO NO BAIRRO ALTO-Rua da Rosa- SERIA HOJE SOCIO DO F.C.P.COM AS QUOTAS EM ATRASO.
NO FUNDO ESSA COISA DE CINEMA PORTUGUES É MANJEDOURA RESTRITA,E DEPOIS NÃO INTERESSA,PORQUE NÃO CONTRATANDO A CATARINA FURTADO E O JOAQUIM DE ALMEIDA
NÃO HAVERÁ NOTICIA NOS MÉDIA,VULGO,"CARAS","RFM","TVI","RTP","SIC",IDAS À "PRAÇA DA
ALEGRIA"
E POR AÍ FORA.
ISTO ESTÁ DE FEIÇÃO PARA QUEM ROMANCEIA LIVROS DE SUPER MERCADO OU TEM MAIS 96 ANOS E GOSTE DE FALAR FRANCES.
ATÉ UM DOS PROXIMOS BLOGS."

Muito obrigado, pelos comentários.
Venham mais. E não precisam de ser só cinco! (quem percebeu, percebeu!...)
Resta-me agradecer ao meu amigo Manuel Falcão as citações que transcreveu, deste meu modesto blog, para o seu blog aesquinadorio.
Bom domingo para todos porque eu também me estou a cagar para o segredo de justiça.
Só que não sou secretário geral de nenhum partido.
Perceberam?...
Mais um mistério...!




sábado, outubro 18, 2003

O Misterioso Telefonema

Estamos quase a actualizar a história desta empreitada.
Em breve estaremos, como é natural e fica bem (qual restaurador Olex), com um preto de carapinha e um branco loiro, ou seja:
on line, pós-modernos e em "andamento total" (frase com que brindo os meus filhos, quando de manhã, chega a hora de os levar ao colégio).
Para isso tenho de contar a história do telefonema.
O Telles telefonou-me:
"Tens alguma coisa para o ICAM?"
"Tenho!"
"A sim? O quê?"
"Uma vontade enorme de lhes explicar umas coisas sobre a lei do cinema"

O Telles ficou mudo. Fez-se um silêncio. E quando eu pensava que estava tudo dito, ele deve ter acabado o que estava a fazer e redisse-me:

"Tens alguma coisa para o ICAM, um guião?
Tenho, mas não é completamente meu!
É de quem?"
É do Eça.
Não faz mal, eu falo com ele!
O melhor é falar com o Efe.
Com o Efe ou com o Eça?
Com o Efe!
Porquê?
Porque o Efe é que falou com uma senhora..."

Depois vieram as explicações, os contratos, os sonhos e as esperanças e fomos novamente ao selectivo.
E eis senão quando, me encontro selecionado, com um filme para fazer, produzido pelo senhor Cunha Telles e uma, desconfortável, desconhecida,voraz azia.
Foi ou não foi um telefonema ácido?
Agora só faltava uma coisa; um guião possível de ser filmado.
"O novo guião, ou o velho guião, eis a questão"
num blog perto de si, já na próxima semana.

sexta-feira, outubro 17, 2003

Quem subsidiou quem
Depois de uns dias de gazeta, regresso para contar a verdade.
Quando acabei de escrever o guião e o submeti ao júri do ICAM, um amigo meu, grande conhecedor do jogo de poker com cartas marcadas disse-me, após ter lido o guião (o tal primeiro e verdadeiro):
"Tu não queres fazer este filme".
Respondi:
"Não, este é o filme que o júri do ICAM quer que eu faça"
Há anos que é assim, não é necessário ler o Noel Busch, "Praxis do Cinema" para saber que escrevemos um guião para um júri fazer um ou mais filmes(conforme o número de membros que almoçam à pala das senhas de presença) e despois fazemos outro.
O maior expoente daquilo que aqui afirmo foi o João de Deus tem.
Daqui se conclui que durante dois júris (porque o primeiro me disse que "não!") fui eu quem subsidiou o júri do ICAM, com o dinheiro que deveria ter sido atribuido ao meu filme e acabou convertido em senhas de presença e azias pós-refeicionais.
Quando tudo parecia perdido, eis que recebo uma chamada telefónica.´"É do programa quando a fome de filmar toca?"
Não era! E embora ácido, o telefonema, foi bem vindo.
E deu fruto!...
"Será que o fruto de um telefonema ácido se chama telefonimão?"
em breve neste blog tão perto de si como o aesquinadorio, meu visinho e mentor.

terça-feira, outubro 14, 2003

Queixo-me mas é tarde

Li o livro.
Pensei, pensei, pensei...
Não pode haver nada pior, que pensar mais que uma vez.
Decidi fazer o filme.
Mas não aquele que estava no guião do Efe, escrito pela tal senhora de quem não me lembro o nome (Já disse que não me quero lembrar!)
Concordei com o meu amigo Efe que o melhor era reescrever tudo.
Desta vez escolheria eu os meus colaboradores.
Não foi por misogenia, juro, mas a verdade é que escolhi dois homens.
Os autores do livro também eram dois homens, portanto eu ia escrever o guião com alguém que se aproximasse da ideia que eu tinha do Eça e do Ramalho.
Telefonei ao Vaz e ao Botequilha.
Infelizmente para alguns e felizmente para outros nenhum deles era parecido com os autores do livro.
Expliquei-lhes a minha ideia.
Uma vez explicada, iniciou-se aquilo que seria conhecido como o primeiro guião (agora sim o verdadeiro) do filme o "Mistério da Estrada de Sintra".
Costa, Vaz e Botequilha uma parceria pronta para avançar (embora ninguém tivesse a minima ideia para onde).
Escrevem-se guiões ao domicilio.
E foi no meu, domicilio, naturalmente, que se escreveu a primeira versão daquilo que iria resultar em subsidio do ICAM.
Brevemente:
Afinal quem é que subsidiou quem?
O ICAM o filme ou o filme o ICAM?

segunda-feira, outubro 13, 2003

O Primeiro guião que não era guião

Peço desculpa pela forma como as ideias vão arrumadas, mas a partir de hoje tenho 49 anos.
Aos 49 anos já não é difícil arrumar ideias, porque é impossível, particularmente depois do almoço.

Então aqui vai.
Esta ventura, o contacto com o produto começou justamente no produtor, amigo da tenacidade, primo da persistência e irmão da força bruta de vontade, o meu querido amigo Efe.
Alguém que, inclusive, poderia ser considerado, de certa forma, um autor.
Se tivesse um site na net seria www.brutocomoascasas/autoriaseempurrões paraafrenteeparaosladosdesdequeporrasefaçaqualquercoisaautoriaseafins.com
Mas isso que interessa?
Nada!
Então, esqueçamos a nevagção e mergulhemos no que interessa...
O Efe apresentou-me um guião feito por uma senhora de quem não me quero recordar o nome e perguntou-me se estaria interessado em fazer "O Mistério da Estrada de Sintra", a partir daquele guião, como filme de longa metragem.
A verdade é que para mim, e para muitos outros, este livro do Eça e do Ramalho era considerado uma obra menor.
Nunca me despertara o menor interesse.
Estava na estante dos abaixo de "Conde de Abranhos" que como sabemos era um cão.
Logo, estava nivelada abaixo de cão.
Os próprios autores consideraram-na como tal.
Basta ler o prefácio do livro, para ficar contagiado pela má vontade.
Li o tal guião, escrito pela tal senhora, e compreendi rapidamente que nem aquilo, que o Efe me fazia saborear, era guião, nem a senhora era uma senhora.
Quem escreve aquele relatório literário de acontecimentos inúteis, despropositados com um discurso directo, como diria o Mel Brooks "de puta de $25" e lhe chama guião, é tudo menos uma senhora.
Em sinal de protesto, voltei-me para o livro.
Como não o tinha, voltei-me para coisa nenhuma.
Pensei...
Leio ou não leio, eis a questão?
Leio, mas depois não te queixes...
em breve:
Queixo-me mas é tarde.
neste blog perto de si.

domingo, outubro 12, 2003

Porque hoje é Domingo (inspirado no "porque hoje é sábado")

Já me foram feitos muitos reparos e dado algumas sugestões.
A maior parte dos participantes afirmam que odeiam, detestam, não estão de acordo com a palavra blog.
Simultaneamente afirmam que mesmo assim continuarão a participar.
O dia está ganho!
Por ser domingo, e por ser tradição, o domingo será dedicado a extratos do material que me foi enviado pelos leitores do blog.
Então aqui vai (deixei de fora os "parabéns" e os "boa ideia" e os "continua" e os "força") aqueles que interessam.
Recebido de uma amiga, porque tem tenho muita consideração.
Uma grande conhecedora dos mistérios da escrita:
"Os blogs que frequento... podemos frequentar blogs, espero eu... têm algures um quadradinho ou rectangoluzinho, conforme as prefer~encias, para os leitores depositarem as barbaridades que pensam acerca dos ilustres blogistas. Carreguei em todos os botões disponiveis e nada... botões inactivos, janelas fechadas, portas trancadas... bem, ladrões não entram de certeza. Mas uma coisa devo confessar... há imensa coisa que se passa neste computador e em todos... que me escapa completamente. Por isso lhe peço que se houver possibilidade de resposta me diga como se pode usar tão útil ferramenta.
Mais lhe peço que me dê alguns esclarecimentos e aceite algumas correcções, a saber:
Quem é o Paulo Pedroso? Talvez algum técnico que vem nas fichas técnicas dos filmes lá para o meio e nunca devo ter dado conta dele... foi preso, foi? Coitado...
Permita também que o ajude a escrever correctamente o nome do novo governador: Arnold Shvwtercnhdgsdtoephafretijdhfervckso. Espero que não leve a mal...
O Iraque não tem armas nenhumas, é tudo ficção: é o novo parque de atracções virtuais dos Estados Unidos da América. A Disneylândia está a ficar desgastada.
Por último, não sei porque acha misteriosa a amizade entre as pessoas, já a Heidi não tinha pais, vivia com o avô e era amiga do Pedro que também não consta que tivesse pais, ou seja, têm todas as possibilidades de terem sido criados num estabelecimento tipo casa Pia e nunca ouvi catalogarem de misteriosa a sua amizade! Daqui a nada está a dizer que o duo de mágicos Não Sei Quê e Siegfrid também têm uma amizade misteriosa! Não sei onde cresceram mas em casa com pai e mãe não deve ter sido... Eu até ando tão preocupada, pois houve um que foi mordido por um tigre e eu gosto tanto de tigres, será que o tigre sobreviveu, nunca mais nos deram noticias do pobre bichinho... enfim...

Aqui fico invejosa de não ter um blog só meu. Por isso uso o dos outros... (se me chamar animal predador vou no seu encalço!) Vá dando noticias!"


vindo de outros quadrantes, criativos, inteligentes e clarividentes:
"Já reparaste que "O mistério da estrada de Sintra" é, ele próprio um
blog? É certo que os participantes eram apenas o Eça e o Ramalho, mas
faziam-no de forma não estruturada (em certas alturas da escrita do
livro, não houve um planeamento prévio da sequência e conteúdos dos
capítulos).

É interessante ver-te a discutir, num blog, ideias de filmagens sobre um
livro que é ele próprio um blog.

E daí pensei: Quem é que escreve o argumento do teu filme? Já está escrito?

Que tal introduzires no filme a perspectiva dos autores?

Inserir 4 ou 5 momentos das dificuldades que cada um dos autores teve
para completar a ideia deixada pelo outro no capítulo anterior?

Fazer uma história normalíssima para o grande público, mas inserir
alguns momentos da preparação da escrita da história? Eventualmente
cruzar as duas histórias.

E outra coisa:

Embora este seja um filme de época, não há necessidade que tudo esteja
limpinho, reluzente e luzidio. A ideia de "cenários sumptuosos (...) com
presença de exteriores luxuriantes" está demasiado vista em filmes de
época e, certamente, não representa a realidade de então. A realidade
era, na certa, tão suja e cinzenta, na altura, como é actualmente. As
pessoas não mudaram desde então, nem para melhor, nem para pior.
Portanto, tentar criar um ambiente em torno de ideias românticas, quase
plastificadas, é estar a fugir a um dos aspectos mais interessantes que
podem ser abordados num filme: a vida real das pessoas. Essa crueza pode
ser uma outra vertente, paralela ao curso normal de um filme.

Bem, mas provavelmente queres é fazer uma ficção de luxo, de época, tipo
"Os Canibais", ou algo do género e eu estou para aqui a gastar o meu
latim... a participar num blog... só visto."

finalmente.

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Ainda não percebi o que é que este último têm a ver com o mistério.
A verdade é que veio para ao meu blogendereço
Ele próprio é um mistério.
A partir de amanhã, não perca neste blog perto de si:

O primeiro guião que não era guião.

sexta-feira, outubro 10, 2003

A Filmar e a Blogar começa-se com o madrugar (apesar de tudo são sete da manhã nas Ilhas Canárias).

Após a declaração de intenções, resta-me explicar como cheguei à escrita dessa declaração.
Foi necessário ter um conteúdo.
Quem o forneceu?
O Eça, o Ramalho e o Efe.
O Eça e o Ramalho porque escreveram o livro.
O EFe porque me convenceu a adapta-lo.
Quem é o Eça e o Ramalho já todos sabemos, mas quem é o Efe?
O Pedro Efe é um amigo, produtor de cinema e televisão, além de muitas outras coisas, que sabendo:
Da minha total ausência de ideias.
De algumas tentativas fustradas de escrita de guiões com o intiuito de resultarem filmes para o cinema.
De 10 anos sem filmar para esse mesmo cinema.
Da minha veia masoquista cheia vontade de voltar a viver o sofrimento que este país infringe a quem quer filmar.
E finalmente de já ter tentado ele próprio adaptar para o cinema o Misterio da Estrada de Sintra, convenceu-me de que eu era a pessoa indicada para levar para a frente qualquer coisa do género "ninguém consegue fazer este filme como deve ser, se calhar nem tu!".
Pensamento imediato; E se fosses à merda...
Será que ele foi?
Ou será que fui eu?
Não perca os novos capítulos do primeiro passo da saga.
"O Guião"

quinta-feira, outubro 09, 2003

assim começa a história:

Quando, um dia, declarava a um amigo, reconhecido intelectual e especialista em estudos de literatura portuguesa do século XIV e XX, sobre a minha intenção de adaptar o Eça para o cinema o seu único comentário foi:
“Olha que o Eça não é...”
Esperei por uma explicação conclusiva que me demovesse da ideia de uma adaptação cinematográfica, mas sem sucesso, o meu amigo não passava do “não é...”.
Finalmente, com toda a humildade de quem não é especialista em nada, decidi assumir a conclusão do raciocínio e afirmei: “...não é o Camilo.”
“Exactamente!”, confirmou ele.
O especialista aproveitara-se do meu argumento e alertava-me para a dificuldade de adaptar, para o cinema, a obra de um autor difícil, contrapondo com um exemplo de um outro autor, cuja obra era considerada, aparentemente, mais próxima da narrativa do drama moderno, todo ele baseado num discurso com raízes pictóricas e consequentemente passível de ser cinematografada.
Não me contive, e contrapus: “ Queres alguma história que se aproxime mais desse conceito que o Mistério da Estrada de Sintra?”
Ele respondeu-me: “Não é mistério nenhum, tem lá a mãozinha do Ramalho.”
Por mim estava esclarecido, a anuência para avançar com coragem e tentar adaptar Eça de Queiroz, passou assim a ser uma realidade proveniente e legitimada por um especialista em literatura moderna, embora ajudado pelo raciocínio de um cineasta. Por outras palavras, o fenómeno repetia-se e o mistério da “impossibilidade” esclarecia-se; Dois argumentos, dois autores, duas narrativas possibilitavam a legitimidade de querer fazer um filme.
E no entanto um outro mistério submergia.

Como adaptar para cinema “O Mistério da Estrada de Sintra”, de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão?

O romance policial tem sido um dos géneros, simultaneamente, mais comuns, fáceis de adaptar e mais populares do história do cinema.
O “Mistério da Estrada de Sintra”, é um romance policial, mas é diferente em si mesmo e porque também foi escrito por Eça de Queiroz, diferente por si mesmo, o que faz dele um objecto de difícil adaptação.

O LÚDICO DE UM MISTÉRIO TRANSFORMADO NA RESPONSABILIDADE DE UM DESAFIO

Percursor do romance policial do século XX, O Mistério da Estrada de Sintra é uma história injustamente esquecida, por entre a extensa e reconhecida obra literária de Eça de Queiroz. Conto escrito em circunstâncias especiais, e com a colaboração de Ramalho Ortigão, outro grande vulto da literatura portuguesa contemporânea de Eça, O Mistério da Estrada de Sintra é de uma riqueza de situações rocambolescas e volte—faces espectaculares, que escondem na verdade uma dura crítica de costumes. Não se pode por isso reduzir esta história apenas a um fait-divers detectivesco em que se procura simplesmente descobrir quem cometeu que crime. Trata-se de um impiedoso retrato da época, revelador da visão idealista dos seus autores, em início de carreira. A viagem a Malta, por exemplo, serve de veículo para a composição de um fresco histórico indiciador de uma decadência que, mesmo à distância, se torna omnipresente.
Por outro lado, a leitura deste conto inspira de imediato imagens que o cinema tornou reais, apelando a um imaginário visual que já faz parte da formação cultural da sociedade de hoje. Esta adaptação não é apenas uma mera transcrição do original com formato de guião. Tratou-se antes de um processo de rescrita do original, onde se evidencia essa vertente cinematográfica.
Sendo Eça de Queiroz um dos autores mais marcantes da literatura portuguesa e um dos que mais aceitação sempre granjeou, sendo esta uma das histórias desse autor que mais possibilidades tem de chegar ao cinema e que de certo modo obedece aos cânones da grande produção actual, numa época em que se comemora o centenário queirosiano, é de toda a pertinência fazer chegar ao cinema uma obra que conquistará certamente o agrado do grande público.

Tendo em conta que, por se tratar de um filme datado numa época, este filme será maioritariamente rodado em cenários sumptuosos, com um potencial plástico e estético superior ao que é comum, com uma forte presença de exteriores luxuriantes, decidi filmar com janela panorâmica 1:2,35, pois esse formato é o que melhor se adequa à incomensurável dimensão das paisagens que associamos ao local em que a história tem lugar.
Condicionados pelas duras e rápidas variações de luz, que são normais nas florestas, e às características volumétricas dos interiores, iremos filmar normalmente com duas câmaras no mesmo eixo, com tamanhos de planos diferentes.
No trabalho de fotografia a desenvolver irão predominar os tons terra, com os verdes pouco saturados e os negros muito densos, evitando sempre os brancos puros e os céus muito azuis, facilidade característica do estilo “bilhete postal”.
No trabalho de planificação que vou desenvolver pretendo evitar o recurso sistemático à decupagem das cenas, típica do cinema contemporâneo (com uma forte influência da linguagem televisiva) recorrendo a uma linguagem clássica onde os planos-sequência permitirão uma melhor manipulação do ritmo e do tempo fílmico.
Pretendo também evitar a exagerada utilização dos Muito Grandes Planos que, a meu ver, asfixiam a importantíssima relação que nesta história se deve estabelecer entre os personagens e o seu espaço.
A nível sonoro iremos realizar uma recolha exaustiva de sons e ambientes da região em que decorre a acção do filme e o recurso a reprodução de sons próprios da época.
Todos os diálogos serão gravados com som directo, estando programado fazer as misturas finais em Dolby Digital.
A espinha dorsal da banda-sonora será constituída por instrumentos típicos da época, integrados numa grande orquestra de câmara.
Em suma, procurarei fazer de “O Mistério da Estrada de Sintra” um filme de irrepreensível factura técnica, que consiga ter uma digna aceitação nos certames de cinema mas, acima de tudo, que consiga comunicar com o público, seja ele de que país for, correspondendo assim ao principal desafio que se coloca ao cinema europeu no arranque deste novo milénio.
O Mistério da Estrada de Sintra
o filme

Gostaria de acompanhar o processo de desenvolvimento de um filme desde a sua génese até ao dia da primeira exibição?
Quer perceber como é que os acontecimentos diários, mundiais e nacionais, influenciam o processo criativo e produtivo do filme?
Quer partilhar os problemas de escrita, produção, realização, pós-produção, distribuição e exibição de um filme português?

Quer?
Também eu!

foi por isso que criei este blog.

não perca
Como é que tudo começou!!!
em brev neste blog perto de si.
O Mistério da Estrada de Sintra

um filme de Jorge Paixão da Costa

Diário (não regular) de um projecto de filme que nunca se sabe até onde irá.
Aqui será exposto o processo de montagem do mesmo, cruzado com os acontecimentos do dia a dia do país e do mundo.
Parece-me que esta é uma boa maneira de dar a conhecer a qume estiver interessado:
o filme O Mistério da Estrada de Sintra
o processo de criação
o processo de produção
o processo de realização
o processo de distribuição
o processo de exibição

resumindo os problemas.
espero estar em condições de descrever também as soluções.

não perca; Como é que tudo começou!!!!
brevemente num blog perto de si